sábado, 30 de janeiro de 2016

Pequenos exercícios de tolerância

 
Vivemos a era da intolerância.
Vivemos como se, ao primeiro sinal de ameaça às nossas convicções, fossem acionadas nossas bombas-relógio  de autodefesa. Perdemos nossa capacidade de argumentar, racionar, relevar, respirar fundo e ignorar. Esquecemos como é aprender com a diferença e na diferença.
Queremos que as outra pessoas nos aceitem por bem ou mal, independentemente de concordarem ou não com nossos estilo de cabelo, nossa gordurinha extra, nossa sexualidade, se votamos em partido X ou Y.
É necessário hoje que aprendamos a discutir sem nos atacar. Discussão não é “bate-boca” onde as pessoas só querem cuspir suas convicções nas caras umas das outras, dizendo que seu time é o melhor, que o político tal é um santo ou que a sua manifestação de fé é mais verdadeira do que a do outro.
Ouvir a opinião do outro, seus argumentos (por mais “fracos” ou “fortes” que sejam) e calar, por vezes é exercício de sabedoria. E de respeito, claro, porque saber silenciar com quem achamos que sabe menos que nós e não humilhá-lo com os nossos argumentos super bem elaborados com base na ciência, na Bíblia ou na nossa experiência de vida é exercício de humildade.
Silenciar quando se sabe que uma discussão não levará a nada (pelo menos naquele momento) é exercício de paciência.
Se esforçar para ser paciente quando o somos provocados ou ameaçados é exercício de tolerância.
E é disso que o mundo precisa, pelo menos por enquanto.